Papa Bento XVI já se encontra em território mexicano. Ele chegou ontem, 23, por volta das 16:30h da tarde, hora local, 19:30h de Brasília, depois de quase 14 horas de viagem. O Pontífice foi recebido no Aeroporto Internacional de Guanajuato, pelo presidente da República, Felipe Calderón, e autoridades locais. Após a cerimônia de boas-vindas o Santo Padre seguiu diretamente para o Colégio Santíssima Virgem de Miraflores, onde se hospedará. A programação oficial teve início neste sábado, 24.
Nas suas primeiras palavras em território mexicano, Bento XVI falou da sua alegria em se encontrar ali, “dando graças a Deus que me permitiu realizar o desejo, presente há muito tempo no meu coração, de poder confirmar na fé o Povo de Deus desta grande nação, na sua própria terra”, destacou o papa. “É notória a veneração do povo mexicano pelo Sucessor de Pedro, que, por sua vez, sempre o tem muito presente na sua oração”, continuou Bento XVI.
“Apraz-me dizê-lo neste lugar, considerado o centro geográfico do território nacional; aqui desejou vir o meu venerado predecessor, o beato João Paulo II, já na sua primeira viagem. Não podendo fazê-lo, deixou então uma mensagem de encorajamento e bênção, quando sobrevoava o seu espaço aéreo”, ressaltou o papa.
Bento XVI depois de saudar as autoridades locais civis e eclesiais afirmou que com esta breve visita, desejava cumprimentar todos os mexicanos e abraçar as nações e povos latino-americanos, ali representados por tantos bispos.
O Santo Padre lembrou ainda que a maioria dos povos latino-americanos comemoraram o bicentenário da sua independência, ou estão para o fazer nestes anos e recordou a Santa Missa celebrada na Basílica de São Pedro, em Roma, na solenidade de Nossa Senhora de Guadalupe.
“Venho como peregrino da fé, da esperança e da caridade, disse o Papa. Desejo confirmar e consolidar na fé todos os crentes em Cristo e encorajá-los a revitalizá-la através da escuta da Palavra de Deus, dos sacramentos e da coerência de vida”, disse o Papa, acrescentando: “Deste modo poderão, como missionários no meio dos seus irmãos, partilhar a fé com os outros e ser fermento na sociedade, contribuindo para uma convivência respeitadora e pacífica, assente na incomparável dignidade de toda a pessoa humana, criada por Deus, e que nenhum poder tem o direito de esquecer ou desprezar. Tal dignidade manifesta-se de forma eminente no direito fundamental à liberdade religiosa, quando vista no seu genuíno significado e na sua plena integridade.
“Este país e o Continente inteiro são chamados a viver a esperança em Deus como uma convicção profunda, transformando-a numa atitude do coração e num compromisso concreto de caminhar juntos para um mundo melhor”.
O Pontífice destacou em seguida que junto com a fé e a esperança, o crente em Cristo e a Igreja no seu conjunto vivem e praticam a caridade como elemento essencial da sua missão.
O Papa concluiu afirmando que sabia que se encontrava num país que se orgulha da sua hospitalidade e deseja que ninguém se sinta estranho na sua terra. “Sei disso; mas, aquilo que já sabia, agora vejo-o e sinto-o no mais íntimo do coração. Espero com toda a minha alma que o sintam também tantos mexicanos que vivem fora da sua pátria nativa, mas que nunca a esquecem e desejam vê-la crescer na concórdia e num verdadeiro desenvolvimento integral. Muito obrigado”.
(Fonte: CNBB)
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