Os ritos representam um patrimônio inestimável da liturgia católica e a sua variedade testemunha a universalidade da Igreja, porém nem todos os fiéis conhecem seus significados mais profundos. São eles que transformam um aglomerado de pessoas em comunidade: um espaço de relações entre os que partilham as motivações das próprias ações.
Conceito
Batismo no rito bizantino |
Realidades únicas
Sui iuris são as Igrejas particulares que a Igreja de Roma reconhece, expressa ou tacitamente, como dotadas de tradição e autonomia especiais. O Dicionário enciclopédico do Oriente cristão explica: “Na Igreja universal, o rito latino originou-se da tradição romana e, no Oriente, de cinco grandes tradições. As tradições orientais, mães dos ritos orientais, são três no âmbito do império romano: Alexandria, Antioquia (com Jerusalém) e Constantinopla (com Capadócia); e duas às margens do império: a siro-oriental para a Mesopotâmia e Pérsia, e a armena, surgida da tradição antioquenha, com aportes da tradição constantinapolitana”. Em resumo, os ritos distinguem-se em orientais e ocidentais.
Ritos orientais
Bizantino, em seus diversos ramos (grego, eslavo, melquita, etc), que se distinguem entre si pela língua litúrgica e alguns hábitos religiosos particulares;
Copta, utilizado no Egito e na Etiópia;
Siríaco, praticado no território do antigo patriarcado de Antioquia (Síria, Iraque, Irã, malabar na Índia, e maronita no Líbano);
Armeno, disseminado nas comunidades da Armênia.
Os vários ritos orientais ainda florescentes, foram-se difundindo para além do seu território de origem e são utilizados indistintamente por católicos e ortodoxos.
Ritos ocidentais
Romano, irradiado de Roma para todo o Ocidente;
Ambrosiano, praticado na diocese de Milão;
Galicano, utilizado antigamente na França, Espanha e norte da Europa e, em grande parte, substituído pelo rito romano por iniciativa de Carlos Magno. Permaneceu em algumas dioceses até o século passado;
Mozarábico, seguido pelos cristãos espanhóis sob a dominação árabe (711-1492). Foi reintroduzido no século 16 e ainda praticado em uma capela da catedral de Toledo, na Espanha.
(Fonte: Revista MUNDO E MISSÃO, p.9. março 2012)
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