sexta-feira, 24 de maio de 2013

MISSÃO É PARTICIPAÇÃO

Pablo é seminarista da Diocese de Vacaria-RS, e participou da VI
Experiência Missionária no ano de 2013 na cidade de Belterra na Diocese
de Santarém no Pará.
De braços abertos a cidade de Belterra-PA, acolheu a mim e mais de 70 missionários provindos de diversas Dioceses do país. Um imenso movimento que aconteceu com a participação de todos,  fez com que a missão acontecesse e evidenciasse o Rosto de Cristo. Foi um momento em que missionários e leigos foram possibilitados de experimentar o inesquecível encontro com Cristo.
Quando falamos em participação, falamos em “tomar parte da ação” e foi graças ao compromisso e responsabilidade dos envolvidos, que experimentamos de dois princípios fundamentais na missão: alteridade e gratuidade. A partir do momento em que enxergamos o que não queremos ver, que nos importamos com o que o outro sente, que queremos mudar com gestos concretos a realidade que vemos, temos a verdadeira atitude do cristão: não ser indiferente frente às desigualdades e injustiças. O encontro com Cristo nos transfigura, temos por missão descer do monte e fazer o bem sem esperar retorno, ser totalmente desinteressados, e nos doar por inteiro a quem precisar. O amor nos domina e capacita-nos para o impossível.
Ao unirmos a diversidade, ficamos fortes e percebemos que cada realidade tem sua própria forma de experimentar o mesmo Jesus. Este estava nos enviando com o tema: “Ele me ungiu para evangelizar os pobres” (Lc 4, 18). Tivemos inspiração divina, de estarmos sensíveis e não sermos indiferentes. O Evangelho nos orienta para construir o Reino, que só acontece mediante a conversão pessoal, a denúncia, e ao anúncio da mudança mediante o testemunho.

Posso afirmar com propriedade de quem experimentou: a missão aconteceu e permanecerá acontecendo em nós, pois todos tomamos-parte-da-ação, a VI Experiência Missionária é da Paróquia que acolheu, é da Diocese, é das Dioceses, é dos missionários e é principalmente dos pobres.
              Enquanto a missão acontecia exteriormente e se concretizava em gestos, percebemos que ela se realizava plenamente no interior de nosso coração. Com uma entrega total à vontade de Deus, sentíamos impulsionados a fazer obras e gestos que sozinhos não conseguiríamos, é de algo maior que transcende o ser-humano em si, uma sede de justiça aliada com a esperança da edificação do Reino de Deus.
              E com esta esperança de que nossa vida seja uma constante missão, desejo de todo coração que tenhamos nosso encontro com o Cristo Ressuscitado, pois é Ele o responsável por tudo o que nos faz felizes.

Abraço fraterno de um jovem que sonha com o Reino de Deus edificado em nosso meio.

Fonte: Jornal da Experiência Missionária em Santarém.

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